A homenagem de Styvenson a menina Tiffany Brito no Senado Federal

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Durante a sessão, a vida de Tiffany Brito, de 10 anos, foi celebrada. Ela recebeu flores das mãos do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) e retribuiu o presente com um desenho em que a menina aparece ao lado do senador. “Quero te homenagear em nome de todas as crianças que estão lutando contra o câncer”, disse o senador Styvenson Valentin, que propôs e presidiu a sessão no Senado Federal em homenagem as vítimas do câncer. Na ocasião, defendeu o tratamento precoce.

A menina Tiffany Brito Carvalho, hoje com 8 anos, do Rio Grande do Norte, enfrentou e superou um câncer quando tinha apenas 2 anos de idade, no Hospital da Ligar do Câncer, em Natal. Durante o processo, ela contou com a ajuda de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.

O diagnóstico precoce e o tratamento cuidadoso — como ocorreu no caso de Tiffany — são fundamentais para aumentar as chances de cura da doença, apontaram participantes de sessão especial realizada nesta sexta-feira (14) para destacar o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, celebrado em 8 de abril.

Durante a sessão, a vida de Tiffany foi celebrada. Ela recebeu flores das mãos do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN)  e retribuiu o presente com um desenho em que a menina aparece ao lado do senador. Tiffany e Styvenson são velhos conhecidos.

Antes de assumir o mandato parlamentar, ele ocupava parte do seu tempo com trabalho voluntário em hospitais que cuidam de crianças com câncer. Em um deles conheceu a menina. Styvenson se vestia de personagens para animar os pequenos pacientes.

“Quero te homenagear em nome de todas as crianças que estão lutando contra o câncer”, disse o senador Styvenson Valentin, que propôs e presidiu a sessão no Senado Federal em homenagem as vítimas do câncer. Na ocasião, defendeu o tratamento precoce.

“A melhor forma de combate, a melhor forma de lutar contra esta doença silenciosa que tira milhões de vidas no Brasil e no mundo, que tira sua capacidade laboral, familiar, social, e a melhor forma é a profilaxia e informação”, acrescenta o senador Styvenson Valentim, que presidiu a sessão.

Tiffany superou o câncer, mas a preocupação com a doença é crescente. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou que 19 milhões de pessoas no mundo tinham câncer, enquanto 10 milhões perderam a vida para a doença. E as previsões da OMS não são boas: estima-se que, em 2040, o número de pacientes com câncer seja 47% maior do que em 2020.

A mãe do senador faz parte das estatísticas. Ela foi acometida pela doença anos atrás e sobreviveu.

“Eu acredito que podemos chegar antes da partida com a prevenção e com a profilaxia. Eu digo isso porque eu tenho uma mãe, Edilma, que teve câncer. Passamos pelos mesmos sofrimentos. O câncer é uma doença não só do paciente, mas da família e da sociedade. […] os pacientes precisam não só de remédio, mas de uma injeção de ânimo”, disse o senador, que foi quem solicitou a sessão especial.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), as chances de cura chegam a 90% quando a doença é identificada no início. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que o Congresso Nacional deve lutar para garantir o diagnóstico precoce.

“Eu perdi um irmão com 30 anos devido ao câncer. É uma doença para a qual é difícil encontrar uma família que não tenha um conhecido ou um amigo que tenha tido. A nossa luta é de fato para que as pessoas tenham condições de fazer o exame”, reiterou o senador.

A avaliação de Izalci foi compartilhada pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Rodrigo Cunha (União-AL) e pelos demais participantes da sessão.

“O câncer já foi uma sentença de morte. Hoje não é uma sentença de morte. Tem cura. Tem que se ter um diagnóstico precoce”,  assinalou Rodrigo Cunha.

Presidente da Liga Contra o Câncer, Aldo Medeiros reforçou que o caminho é investir em prevenção:

“Segundo a União Internacional de Combate ao Câncer, investir U$ 12 bilhões em estratégias de prevenção pode gerar uma economia de U$ 100 bilhões, que seriam gastos com tratamentos”, ressaltou.

Na mesma linha, Gustavo Fernandes, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, cobrou mais recursos e apoio para frear a escalada dos casos de câncer — o Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta para 704 mil casos novos da doença no Brasil para cada ano do triênio entre 2023 e 2025. Ele comparou a situação com a pandemia da covid-19.

“É uma pandemia a cada cinco anos de maneira perene e contínua se a gente não agir para parar. A gente teve um investimento de R$ 36 bilhões em vacinas no ano passado. O investimento em oncologia no SUS [Sistema Único de Saúde] é de aproximadamente 10% disso”, apontou.

Leis

Além de apoio financeiro, a renovação do marco legal do setor é outro desafio. Presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira defendeu a aprovação do PL 2.952/2022, projeto de lei que institui uma nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse projeto, que está em análise na Câmara dos Deputados, tem o objetivo de substituir as diretrizes dessa política pública, atualmente regida por uma portaria do Ministério da Saúde.

“A gente não pode passar este ano sem aprovar essa [nova] política. Ela vai garantir ao paciente um tratamento adequado”, afirmou Marlene Oliveira.

Já a presidente da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), Maria Ângela Marini, destacou a aprovação pelo Senado, no ano passado, do PL 3.921/2020. Esse projeto deu origem à Lei 14.308, de 2022, que criou a Política Nacional de Atenção à Oncologia Pediátrica.

Dia Mundial

O Dia Mundial de Luta Contra o Câncer é comemorado anualmente em 8 de abril. A data foi criada para conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção  da segunda doença que mais mata pessoas em todo o mundo.

Fonte: Mossoró Hoje com informações da Agência Senado