A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, deu detalhes da investigação do homicídio do policial militar João Victor Serafim Ramos, no último dia 30 de junho. Segundo o delegado Cláudio Henrique, a ideia do crime partiu do casal que morava no imóvel onde aconteceu o assassinato.
O investigador apontou que o homem e a mulher sugeriram a morte em troca ficarem livres de punições que seriam aplicadas pela facção criminosa. “O que aconteceu foi que quando a facção foi ao local para tentar resolver um conflito doméstico. Ao chegar lá, o casal terminou informando à facção que tinha contato com policiais militares. A facção terminou identificando esse policial e o casal deu a ideia de tirar a vida do policial em troca de limpar a barra deles”, revelou.
De acordo com ele, João Victor morreu apenas por ser policial. “O policial militar morreu por ser policial militar. A morte se deu em decorrência da função”, pontuou.
O delegado ainda deu detalhes da atuação do “Fantasma” na execução. Segundo ele, André Luiz de Souza Santos estava no comando da ação que buscava solucionar à moda da facção o problema entre o casal. “O Fantasma era a pessoa que estava em liderança naquele momento. Foi ele quem recebeu o casal, quem analisou os celulares, foi ele quem decretou a morte do policial militar”, revelou.
“Ele organizou, disse quem iria dormir na residência, quem ficaria do lado de fora, quem ficaria com as armas, como seria a morte. Ele foi o mentor intelectual e o executor de toda a ação”, contou.
Cláudio Henrique ainda frisou que outros suspeitos estão sendo procurados e identificados. “Os demais, nós ainda temos alguns para identificar. Sabemos apenas os apelidos de alguns que estavam, que nós sabemos que estavam na prática do crime. Estamos identificando um a um. Nós identificaremos todos”, completou.
Um deles teve o nome revelado e foi identificado como David. “Estamos com um foragido. O David encontra-se foragido. Não localizamos no endereço onde formos buscá-lo. estamos aguardando novas diligências para prendê-lo. Mas com o mandado de prisão em aberto qualquer agente de segurança pode efetuar a prisão”, encerrou.
A Polícia Civil prendeu Keven Souza do Nascimento, em Felipe Camarão, nesta terça-feira (11). “Ele atua como uma espécie de disciplina. Ele foi chamado para resolver a briga do casal, que aconteceu no dia”, explicou o delegado.
Também nesta terça-feira, a instituição divulgou as imagens da chegada do “Fantasma” ao condomínio em Nova Parnamirim, onde foi localizado no dia 5 de julho. Segundo os registros, o criminoso se instalou no local no dia 3 de julho, três dias após o crime. De lá, saiu para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, após ser baleado em confronto com os policiais civis. (Portal da Tropical)