Crime brutal: mãe e o padrasto do menino de três anos que acabou morrendo, foram presos em flagrante suspeitos de espancar a criança

mãe e o padrasto do menino de três anos que acabou morrendo na tarde de domingo, dia 05, no Hospital Municipal de Dionísio Cerqueira, foram presos em flagrante suspeitos de agredir a criança.

De acordo com as informações, o menino de três anos, teria se desvanecido após cair e bater a cabeça, os fatos teriam ocorrido na casa da família, na Linha São Paulo, interior de Bom Jesus do Sul. Após passar mal durante o banho, a mãe e o padrasto teriam conduzido o menor até o Hospital em Dionísio Cerqueira, onde a criança acabou falecendo.

Diante da suspeita, pois a criança apresentava vários hematomas pelo corpo, a equipe médica acionou a Polícia, que em um primeiro momento conduziu a mãe e o padrasto até a Delegacia de Polícia Civil de Dionísio Cerqueira. O Instituto Geral de Perícia – IGP, foi acionado e recolheu o corpo do menino para realização da necropsia.

Após serem ouvidos pela polícia cerqueirense, e diante da suspeita do crime, os envolvidos, por questões de competência foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Barracão, onde prestaram depoimento e foram presos em flagrante.

Em um primeiro momento, o casal teria negado as agressões, afirmando que o menor teria caído e se machucado sozinho.

No dia dos fatos, o depoimento dos envolvidos foi acompanhado pelo advogado, Dr. Roni Kostütchenko da Silva, quem explicou que se trata de um caso grave.

Desdobramento
Na segunda-feira, dia 06, em novo depoimento ao Delegado da Polícia Civil de Barracão, Dr. Emerson Ferreira, a mãe do menor contou detalhes de como teriam ocorrido as agressões que culminaram com a morte do menor.

De acordo com informações obtidas com exclusividade pela equipe do Jornal da Fronteira, a jovem mãe, teria afirmado que perto do meio dia de domingo, dia 05, a criança teria pegado um frasco de veneno para brincar, o que acabou irritando o padrasto que agrediu o menor.

Ainda segundo as informações, o menino não parava de chorar, a mãe irritada com a criança, teria ido até onde o pequeno estava, e dado mais alguns “tapas”.

Logo após o meio dia o padrasto saiu de casa, ao retornar horas mais tarde, percebeu que a criança estava passando mal. O casal então pegou o menor, deu um “banho”, sendo que neste momento o menino teria caído no banheiro e machucado a cabeça.

Após o banho eles teriam pedido ajuda para um vizinho para trazer a criança ao médico, onde o pequeno Alexander não resistiu e acabou falecendo.

Em seu depoimento a mãe contou que as agressões ao menor eram constantes, tendo em vista que o casal brigava e acaba descontando na criança.

O relacionamento do casal teria iniciado há cerca de 5 meses, e segundo a mulher, após os dois primeiros meses as brigas teriam começado. Devido as brigas o mais prejudicado acabava sendo o pequeno Alexander, que ao tentar separar a mãe e o padrasto acabava sendo agredido.

Laudo
Segundo o exame do Instituto Geral de Perícia (IGP), o menor, Alexander Martín de Jesus Figueiredo Vázquez, de três anos, apresentava diversas lesões com hemorragia abdominal – ruptura de fígado, ruptura de rim – além de traumatismo crânio-encefálico, compatíveis com agressão física, e hematomas pelo corpo.

“Embora haja pequenas contradições nas versões da mãe e padastro uma coisa é certa: foi um crime brutal, abjeto e repugnante, que vitimou um anjo de apenas três anos de idade. Nós que trabalhamos na área de segurança lidamos diariamente com crimes e situações dramáticas, afinal, é este nosso mister, talvez por isso sejamos mais “insensíveis” às mazelas humanas. Contudo, quando nos deparamos com tamanha barbaridade, perpetrada por aqueles que tinham o dever moral e legal de proteção e cuidado, o crime ganha contornos de hediondez inenarráveis, de forma que se torna impossível não se emocionar com os fatos. Tirar a vida de uma criança de forma tão brutal e sem motivo algum revela a face mais obscura e cruel da personalidade humana. O caso ganha ainda mais dramaticidade quando se conhece um pouco da história do garoto, que nas palavras do avô adotivo era uma criança: inteligente, divertida, falante e feliz. Infelizmente, nem mesmo em seu velório, último ato de despedida, o garoto teve a atenção que merecia, sua mãe não pode comparecer porque estava presa e seu pai não obteve autorização para atravessar a fronteira. Assim, acompanharam o ato poucas pessoas, quase todas desconhecidas (prefeito, conselheiros tutelares, agentes de saúde etc), não haviam parentes, amigos ou pessoas próximas. E dessa forma aquele anjo se despediu da vida e foi chamado ao céu” destacou o Delegado que preside o caso, Dr Emerson Ferreira.

O casal encontra-se preso temporariamente pelo prazo de 30 dias e após a conclusão das investigações ficará a disposição da Justiça para responder pelo crime.

Rossy Ledesma/ JF