Entidades do turismo e hotelaria cobram definição sobre Hotel BRA

Foto: Magnus Nascimento

Entidades ligadas ao turismo, hotelaria, bares e restaurantes criticam a demora para resolução das questões envolvendo o Hotel BRA, embargado há 18 anos e em ruínas na Via Costeira. A TRIBUNA DO NORTE revelou com exclusividade que a Prefeitura de Natal espera decisão da Justiça para demolir o 8º andar da estrutura. Representantes do setor produtivo lamentam o impasse diante do potencial inexplorado da Via Costeira e afirmam que os escombros do BRA prejudicam a imagem de um dos principais cartões-postais da capital potiguar.

A presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio Grande do Norte (ABAV-RN), Michelle Pereira, cobra agilidade na destinação do hotel e diz que o “esqueleto” do BRA chama a atenção negativamente de quem passa pela região. “Temos ali uma imagem de uma coisa que poderia ser mais uma hospedagem, mais um espaço bacana, mas está daquele jeito. Natal é uma das cidades do Nordeste com mais leitos e atende muito bem o turista. Ao mesmo tempo, a gente tem aquilo ali, deixando feio a cidade para quem vem para cá e, claro, para o próprio natalense também”, diz.

Michelle Pereira, que também é hoteleira, diz que o prédio abandonado é alvo constante de perguntas de quem passa pelo local. “Normalmente quando você vai fazer um passeio pelo litoral norte ou pegando ali o pôr do sol do Potengi, o receptivo vai pela Via Costeira e os turistas perguntam o que era aquilo, o que deveria ser e infelizmente o guia precisa explicar. Isso é ruim, é constrangedor, é difícil para a imagem de um lugar que deveria ter hotel, bares, restaurantes”, comenta.

A estrutura do que deveria ser o Hotel BRA fica entre o Wish Resort e o Hotel Vila do Mar. No local, há uma guarita com vigilante para tentar inibir as “frequentes tentativas de roubo de materiais”, conforme apurou a TN. A reportagem não conseguiu contato com os proprietários do prédio. O advogado que representa a empresa NATHWF Empreendimentos S/A no processo do embargo, Kaleb Freire, disse que não tem interesse em falar sobre o assunto.

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Tribuna do Norte