Familiares e amigos fizeram um protesto neste sábado (9) cobrando justiça pelo professor Arisson Brito, encontrado morto no calçadão da Praia de Ponta Negra, Zona Sul de Natal no dia 24 de fevereiro.
A manifestação ocorreu à tarde na Cidade Alta. Os participantes cobraram respostas sobre a morte de professor de 38 anos.
Segundo a família, o corpo tinha marcas de espancamento. 15 dias depois, os irmãos disseram que não acreditam em morte natural. A polícia ainda não concluiu a investigação sobre o caso.
“Nosso irmão era uma pessoa maravilhosa, um filho, um irmão sem comparação, um professor que a gente não consegue descrever, de tão boa pessoa que ele era. “, afirmou a irmã Ingrid Hignelia Brito.
“Até o momento a gente sabe que está sendo investigado e não podem falar nada para a gente, mas que tem muitas suspeitas”, complementou a irmã.
Hudjudyson Brito disse que o irmão chegou a avisa a mãe, por volta das 21h30 que estava na praia e que iria solicitar uma viagem por aplicativo para voltar para casa. Em outra mensagem, ele dizia que já estava dentro do carro e bem. Mas o professor nunca chegou em casa. Por volta da meia-noite do dia 25 de fevereiro, o irmão foi o primeiro da família a receber a notícia.
“Eu estava longe, morando em Minas. Uma conhecida me ligou. Ainda não caiu a ficha. Não consegui ver meu irmão, não consegui chegar a tempo”, afirmou.
“Ele era um cara brincalhão, estudioso, um professor que amava os alunos, amava o que fazia. Estava se formando para ser advogado. Futuramente queria ser juiz”, diz a amiga Valquíria Gomes.
Em um vídeo registrado pelas câmeras de segurança de um estabelecimento comercial na praia de Ponta Negra, na noite em que foi encontrado morto, Arisson aparece colocando a bolsa nas costas e saindo do local. As imagens foram as últimas do professor com vida.
Neusimar Cortez é professora de matemática e dividia o ambiente de trabalho com Arisson. “Muita gente chorou. A gente quer Justiça, porque ele não vai ser só mais um. Ele era uma pessoa de bem”.
O laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) sobe a causa da morte foi entregue à Polícia Civil na última segunda-feira (4), mas não foi divulgado, porque o caso segue em investigação da corporação.
O inquérito que investiga o caso tem prazo de 30 dias, mas pode ser prorrogado. Segundo a Polícia Civil, os investigadores já colheram seis depoimentos.
G1RN