Familiares e amigos de Geová Cesar Barbosa da Silva se despediram o comerciante na manhã deste sábado (15). O sepultamento ocorreu no cemitério do Alecrim, na zona Leste de Natal. A cerimônia foi de muita tristeza e revolta com o crime brutal. Ainda no velório, nessa sexta-feira (14), um dos filhos do idoso lamentou o assassinato.
“Infelizmente, meu pai foi morto por um bandido que era para estar preso e foi solto. A polícia prende e ajustiça solta. Isso é redundante, está virando clichê. Todo mundo sabe que os benefícios são para quem é ruim”, criticou o homem em relação à liberação de Álvaro Thompson Ribeiro Coringa em uma audiência de custódia na semana passada.
Ele ainda criticou as benesses para criminosos. “Uma pessoa como meu pai, trabalhador, nunca entrou numa delegacia, o estado não olha com olhos especiais. Mas um bandido tem todo tipo de benefício, inclusive financeiro”, acrescentou.
O filho de seu Geová lamentou não estar com o pai no momento do crime. “Se eu tivesse com meu pai no momento, quem teria sido preso era eu, que esse cara não tinha feito isso. Então tem uma série de fatores que revoltam. Até agora eu espero os direitos humanos falarem comigo. Se tivesse sido ao contrário, eu tivesse matado o vagabundo, os direitos humanos estariam na casa do vagabundo”, criticou.
O homem também falou sobre a relação com o pai. “Ele sempre teve essa virtude de ser um bom vendedor e desde quando eu era criança eu sempre acompanhei ele nessa vida profissional dele e entro no túnel do tempo. Lembro como começou toda essa história dele trabalhando e hoje fica só o sentimento de lembrança. Os netos vão perguntar por ele. Eu expliquei a ela, que é um pouco maior. Meus sobrinhos vão perguntar por ele. Vai ter aquela lacuna, aquela ausência”, falou.
Geová Cesar Barbosa da Silva foi morto na tarde de quinta-feira (13), em frente à sua corretora de carro, no cruzamento da avenida Coronel Estevam com a avenida Jerônimo Câmara, no bairro Nossa Senhora de Nazaré, na zona Oeste de Natal. O acusado foi preso minutos depois já no bairro de Cidada da Esperança, na mesma região.
Durante a fuga, ele foi baleado na perna. Na chegada ao hospital, ele disse à repórter Elizabeth Biglione que não tinha matado ninguém. Nessa sexta-feira (14), ele passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
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