Moto elétrica “baratinha” da Índia esgota (de novo) em apenas alguns minutos de venda

Marca indiana de motos elétricas reabre pedidos pela “baratinha”, mas fecha novamente minutos depois após esgotar. Imagem: Revolt Motors/Divulgação

Revolt Motors anunciou que sua principal moto elétrica, a RV400, está novamente esgotada – dessa vez, em apenas alguns minutos após ter sido colocada à venda na última sexta-feira (16). Embora não tenha sido divulgado quantas unidades do veículo foram comercializadas, a marca indiana já está se preparando para a próxima leva de interessados.https://caa389c8c04ca58b646763387c541c4d.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html?n=0

No site oficial da empresa, há agora uma ala chamada “Notifique-me”, na qual aqueles que perderam a última reserva podem se cadastrar e serem alertados quando as reservas forem reabertas.

E quer saber o mais impressionante de tudo? A montadora havia disponibilizado as novas vendas da “moto elétrica baratinha” exclusivamente para compradores interessados em Deli, Mumbai, Pune, Chennai, Ahmedabad e Hyderabad. Dada a resposta positiva em relação à RV400, a Revolt Motors afirmou a um dos principais jornais da Índia, o Mint, que está trabalhando para aumentar a produção “visando atender à enorme demanda”.

O mesmo entusiasmo nas vendas foi visto na rodada anterior de reservas do veículo no mês passado, que durou somente duas horas.

O sucesso da moto elétrica “baratinha” da Índia


As vendas de motos elétricas têm ganhado força em todo o mundo, mas a RV400 da Revolt Motors é, claramente, um caso atípico. A empresa indiana se beneficiou dos subsídios do governo federal através do FAME II, programa de incentivo a compra de elétricos, para baratear ainda mais o veículo: 90 mil rupias (cerca de R$ 6 mil).

Poucos lugares no mundo registram tanto tráfego em duas rodas do que a Índia. Portanto, incentivar a gigantesca população a mudar para veículos elétricos tem sido um dos principais objetivos do governo local.

Pelo preço razoável, os “motoqueiros” adquirem uma motocicleta elétrica de 85 km/h com um motor de tração média contínua de 3 kW. O veículo chega equipado com bateria removível de 72V e 45Ah com capacidade de 3,24 kWh – o que é suficiente para fornecer autonomia de 150 km no modo econômico (ECO), 100 km no regular (normal) ou 80 km no SPORT.

As grandes rodas de 17″ da RV400 foram desenvolvidas de forma exclusiva para a variedade de superfícies das estradas na Índia e são adequadas para lidar com terrenos imprevisíveis melhor do que outras scooters. A “baratinha” também pode ser controlada através do aplicativo MyRevolt, que traz recursos como localizador do veículo, status da bateria, diagnóstico completo de desempenho e muito mais.

Outro destaque da moto elétrica é o peso. O veículo é bastante leve e pesa apenas 108 kg, mesmo oferecendo assentos para duas pessoas. De acordo com a marca no site oficial, a moto provou ser “uma das melhores alternativas eficientes aos

veículos de duas rodas movidos a gás na Índia”.

A Índia se tornou líder no mercado de motos elétricas leves, e muitos na indústria estão de olho no dia em que as empresas do país se expandirão para oferecer exportações à outras nações.

E a verdade é que já tem empresas de olho nos principais mercados internacionais, como a Ola Electric, por exemplo, que está construindo uma fábrica projetada para produzir 2 milhões de scooters elétricas por ano, mirando uma produção final de 10 milhões. A startup já está planejando exportar um número significativo desses veículos de duas rodas para fora da Índia, o que a tornaria uma das primeiras empresas locais a vender motos elétricas internacionalmente.

O efeito contrário também ocorre: empresas internacionais procuram entrar no mercado indiano. A rede de baterias substituíveis e scooters elétricos taiwanesa, Gogoro, fechou recentemente um acordo com a Hero MotoCorp, maior fabricante mundial de motocicletas, para atuar no país.

Fonte: Mint