MPF diz que terá ajuda jurídica internacional em investigação sobre vazamento de óleo na costa do Brasil


Procurador vai pedir diligências no navio assim que ele atracar. Bouboulina, navio petroleiro operado por empresa grega é suspeito de derramar o óleo que atinge o Nordeste, segundo a PF.
Divulgação
O Ministério Público Federal terá ajuda jurídica internacional nas investigações sobre o vazamento de óleo na costa do Brasil. O MPF, no entanto, não sabe ainda a quais países será solicitada a cooperação.
As investigações da Polícia Federal apontam o navio grego Bouboulina como principal suspeito de ter derramado o óleo que desde o fim de agosto vem atingindo o litoral do Nordeste.
“O Ministério Público está estudando, observando uma possível rota desse navio para solicitar e vai solicitar, sim, a cooperação jurídica internacional de outros países”, disse o procurador federal no RN, Victor Mariz.
A petroleira grega Delta Tankers, responsável pelo Bouboulina, diz que ‘não há provas’ de que o navio vazou petróleo na costa do Brasil.
O que se sabe até agora sobre as manchas de óleo que atingem o Nordeste
Veja os locais atingidos pelo óleo
Ainda de acordo com o MPF, o Brasil deve pedir diligências no navio e a oitiva da tripulação assim que a embarcação atracar. As diligências devem ser acompanhadas por autoridades brasileiras.
“A convenção de Montego Bay permite que autoridades do país solicitante acompanhem a diligência. Qual é a dificuldade? Não sabemos onde esse navio vai atracar, onde ele vai parar. Uma vez identificado o local, a diligência tem que ser realizada da maneira mais rápida possível e é possível que autoridades brasileiras acompanhem essas diligências”, explicou Victor Mariz.
O Bouboulina continua sendo monitorado pela Marinha, mas ainda não há informações de quando e onde ele irá atracar.
Investigações na Grécia
O procurador explicou ainda que está prevista na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de Montego Bay, que cabe também ao estado da bandeira do navio – no caso a Grécia – “instaurar um inquérito para investigar toda essa situação e trocar informações com o estado solicitante, com o estado que sofreu o prejuízo”.
O MPF, no entanto, não tem conhecimento se alguma investigação está sendo realizada por autoridades gregas.
Initial plugin text