Negociações para exportar melão potiguar para a China retornam em agosto

O RN irá retomar as negociações para a exportação de melões para a China em agosto. /Foto:divulgação

O RN irá retomar as negociações para a exportação de melões para a China em agosto. Foi o que declarou o Presidente da a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e empresário Luiz Barcelos em entrevista ao portal No Minuto, publicada no último sábado (11). Segundo Barcelos, a abertura do mercado chinês se deu em janeiro, mas as negociações ficaram paradas por conta da pandemia.

O empresário avalia que o consumo da fruta não sofreu grande impacto, e que o atraso na produção foi pequeno, já que é neste período chuvoso que normalmente ocorre a entressafra.“Já estamos plantando e a colheita terá início em meados do mês que vem, ou seja, daqui a uns 40 dias, tomando todos os cuidados para que a gente não tenha contaminação dentro das áreas de produção”, pontuou.

As negociações com a China devem ser retomadas durante o próximo período de colheita, quando serão enviadas algumas amostras ao país asiático. Enquanto isso, o mercado europeu está se recuperando bem e o consumo se regulariza aos poucos.

A Agrícola Famosa, de propriedade de Luiz Barcelos, exporta o melão potiguar para Inglaterra, Holanda, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Chile e Argentina.  A aproximação com o mercado chinês ganhou novo fôlego com a visita da cônsul Yan Yuqing, que chegou ao estado em julho do ano passado, trazendo uma comitiva de investidores e jornalistas.

A representante chinesa veio a pedido da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) com o propósito de conhecer melhor os potenciais do Rio Grande do Norte e estreitar os laços econômicos entre o estado e o país asiático. Yuqing fez questão de conhecer a produtora de melões pessoalmente em Mossoró. “Ouvi dizer que essa é a maior fazenda de melões do mundo. Para nós, chineses, isso é como um sonho”, declarou à época. As exportações para a China podem representar um aumento de 100% da produção nos próximos dois anos.