A Petrobras iniciou na manhã deste sábado (23) uma perfuração do poço de Pitu Oeste, no Rio Grande do Norte, operação que marca o retorno da empresa na exploração à margem equatorial do Oceano Atlântico, que se estende da terra potiguar até o Amapá.
Em imagens divulgadas pela companhia, é possível ver uma broca de perfuração tocando o fundo do oceano, a mais de mil metros abaixo do nível do mar. A operação tem por objetivo a busca por petróleo e gás na costa do RN.
O trabalho está sendo feito por meio de um navio-sonda da Petrobras, que partiu do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Norte e está instalado na bacia potiguar desde domingo (17).
“Temos previsto mais de R$ 3 bilhões de dólares para essa campanha em toda a margem equatorial, do RN ao Amapá. Com isso, a perspectiva é de que o RN volte a ser importante no cenário de Petróleo”, afirmou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
De acordo com a Petrobras, o período de perfuração levará de três a cinco meses, onde inicialmente serão extraídas amostras de óleo e de gases.
Os estudos na bacia potiguar começaram após a confirmação da existência de óleo no local, realizado em 2014. Porém, somente em outubro deste ano, a Petrobras recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a licença de operação para perfurar na região.
Dentro da mesma Licença ambiental, a Petrobras planeja perfurar o poço Anhangá, na concessão POT-M-762, a 79km da costa do estado do Rio Grande do Norte e próximo ao poço Pitu Oeste.
Em 2023, a Petrobras deixou de operar poços em terra no Rio Grande do Norte, após concluir a venda de todos os seus ativos no estado, inclusive a refinaria Clara Camarão. No entanto, o presdente da estatal reativou a sede empresa no estado e anunciou um centro especializado em energia renovável que será operado de Natal.
G1RN