Preso no RN, acusado de chefiar organização criminosa em MS é intubado com Covid

Empresário Jamil Name está preso na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, — Foto: Reprodução/TV Morena

Acusado pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul de chefiar organização criminosa que teria executado várias pessoas em Campo Grande, Jamil Name foi diagnosticado com Covid-19 e está intubado, em um hospital particular de Mossoró (RN).

Segundo o advogado dele, Tiago Bunning, Name foi levado do presídio federal de Mossoró para o hospital, no dia 31 de maio, e está sob escolta de agentes. Nessa quarta-feira o acusado precisou ser intubado.

Após ter vários pedidos negados, agora defesa de Name agora tenta no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a concessão da prisão domiciliar.

Acusações

A primeira fase da operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e o Gaeco prenderam empresários, policiais e, na época, guardas municipais, investigados por execuções no estado.

A suspeita é que o grupo supostamente comandado por Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho tenham executado pelo menos três pessoas na capital sul-mato-grossense, desde junho de 2018. Outras mortes também estão sendo investigadas.

A última morte atribuída ao grupo até o momento é do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. Ele foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na frente de casa, para pegar o dele e buscar o irmão mais novo na escola.

Pouco mais de um mês depois, no dia 19 de maio de 2019, policiais do Garras e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) apreenderam um arsenal com um guarda municipal, em uma casa no Jardim Monte Libano. Foram apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições.

Segundo as investigações do Gaeco, esse arsenal pertencia ao grupo preso na operação Omertà. A força-tarefa investiga se as armas foram usadas em crimes de execução nos últimos meses.

G1RN