RN 086: A reforma que não durou nem o verão

RN 086, a famosa estrada que liga Parelhas a Equador. Se antes ela era sinônimo de tortura para os motoristas, agora se tornou um símbolo de esperança e progresso… ou melhor, de frustração e desespero. Como uma casca de ferida de moleque buchudo, a obra recém-reformada pela governadora, que sequer conseguiu suportar o mês de dezembro, agora exibe suas feridas como um troféu da incompetência. O asfalto, que parecia firme e robusto, agora descasca como se tivesse sido mal-feito por um aprendiz de pedreiro.

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O mais interessante disso tudo é o timing perfeito: a reforma, que poderia ter sido feita com mais cuidado e precisão, foi finalizada na última parte do ano, quando as chuvas já começam a se aproximar. Agora, fica a pergunta que todos têm em mente: será que essa obra vai aguentar o inverno do Rio Grande do Norte? Ou será que as chuvas vão transformar a estrada em um cenário de guerra, com crateras abertas e um asfalto derretendo como manteiga no sol?

Mas o melhor de tudo é que, claro, essa é apenas uma das estradas reformadas. Como será que as outras, espalhadas pelo estado, foram tratadas? A população deve estar se perguntando: “Será que todo o estado virou um imenso test drive para o pior asfalto da história?” A resposta, claro, está nas estradas que já se despedaçam, como a RN 086, que agora parece mais um campo de batalhas do que uma via de acesso.

E assim seguimos, com o RN sendo reformado por mãos que, ao invés de asfaltar com competência, criam novos buracos e novas promessas que logo viram desilusões. A governadora Fátima Bezerra deve estar tranquila, afinal, uma obra bem feita é aquela que ninguém vê, não é mesmo? Só quem tenta dirigir pela RN 086 sabe que, por mais que a governadora fale em progresso, o único progresso ali é o avanço das rachaduras.