Neste domingo (6), a Avenida Paulista foi palco de um ato político marcante que reuniu milhares de brasileiros vestidos de verde e amarelo. O evento contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e do senador Rogério Marinho (PL-RN), que protagonizou um discurso contundente e histórico diante da multidão.
Ao lado de Bolsonaro, Marinho reforçou o apelo por anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro, criticou duramente o governo do presidente Lula (PT) e cobrou respeito à legitimidade do Congresso Nacional. “A anistia está sendo vilipendiada por aqueles que não querem a reconciliação do país. Ela é uma prerrogativa do Congresso Brasileiro. Não pertence ao STF, ao Presidente da República ou à imprensa. Pertence ao povo brasileiro”, declarou, sob fortes aplausos.
Em tom firme, o líder da oposição no Senado denunciou o que chamou de “perseguição política” e “judicialização seletiva” no país. “Estamos sendo julgados por juízes que se dizem vítimas, sem o princípio do juiz natural e sem ampla defesa. Isso não é justiça, é exceção”, criticou.
Marinho também não poupou críticas ao atual governo. Chamou a gestão Lula de “rancorosa” e disse que falta propostas reais para o Brasil. “O governo prefere atacar os adversários do que governar com responsabilidade. Muitos já se arrependem do voto de dois anos atrás, porque estão sentindo na pele as consequências”, disparou.
Em defesa de uma reconciliação nacional, o senador citou exemplos históricos de anistias no Brasil e exaltou líderes que promoveram a pacificação do país. “Desde os imperadores, passando por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, o Brasil já teve mais de 40 anistias. Esses líderes tinham estatura, tinham desprendimento. O que falta hoje é exatamente isso: liderança com grandeza”, concluiu, emocionado.
O discurso de Rogério Marinho marcou um dos momentos mais fortes do ato, consolidando sua posição como uma das principais vozes da oposição no Congresso e fortalecendo o apelo por uma nova fase de pacificação política no país.