Rover Curiosity talvez “rasgue” suas rodas para proteger seus componentes

O rover Curiosity já está explorando o terreno marciano há quase nove anos. O veículo pousou na cratera Gale em agosto de 2012 e, depois de um ano no Planeta Vermelho, os cientistas notaram algum desgaste nas rodas do veículo, desgaste esse maior do que esperavam. Após cinco anos, os elementos estruturais que unem as rodas quebraram. Agora, os cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, elaboraram um plano de ação caso o desgaste chegue a um nível crítico — e a ideia envolve usar uma pedra afiada para destruir as rodas de uma vez por todas, se necessário.

Cada uma das seis rodas do veículo tem 19 estruturas parecidas com garras. A cada 1 km de deslocamento, o Curiosity faz uma pausa e usa seus instrumentos para registrar algumas imagens das rodas, que mostram para a equipe como estão. Até a metade de abril de 2021, o Curiosity já tinha rodado mais de 25 km em Marte, e os cientistas observaram uma garra quebrada na roda central direita e outras três na roda central esquerda, mas as estruturas das rodas frontais parecem estar intactas.

Na verdade, as rodas continuam funcionais mesmo se a maior parte da camada de alumínio do revestimento for perdida, mas a grande preocupação com as garras é por elas serem as responsáveis por manter a estabilidade da estrutura. Então, embora as rodas do veículo apresentem danos após tantos anos de atividades em Marte, a equipe consideraria agir somente se soubessem haver 14 garras destruídas em uma só roda — e deve isso deverá acontecer somente em 2034.

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