Defesa de Daniel Silveira alega ‘defeito’ na tornozeleira para justificar falta de uso do equipamento

A defesa do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) enviou uma explicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o fato de o parlamentar não estar usando a tornozeleira eletrônica, descumprindo ordem da Corte. Segundo a defesa, o equipamento apresentou defeitos.

O próprio Silveira porém, nesta semana, quando apareceu sem a tornozeleira no Congresso, afirmou que, no entendimento dele, “nem era” para estar usando o equipamento.

Silveira foi condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por ataques antidemocráticos a ministros, ao tribunal e à democracia. No dia seguinte à condenação, recebeu um perdão da pena do presidente Jair Bolsonaro.

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O choro de Daniel Silveira na cadeia

Os dias não tem sido fáceis para Daniel Silveira no Batalhão Especial Prisional (BEP) , a prisão para policiais militares no Rio de Janeiro.

Segundo relato de policiais que atuam na unidade, Silveira chegou nervoso no primeiro dia, mantinha o otimismo de que poderia ser solto.

No segundo dia, entretanto, desarmou e passou a chorar. Tem chorado quase todos os dias.

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Registros desmentem Daniel Silveira sobre ter matado ‘uns 12’ quando era PM

Em 2019, o recém-empossado deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) deu entrevista para um perfil que a revista “Piauí” fazia sobre ele. Sempre se vangloriando, falou um pouco dos quase seis anos que viveu como soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, entre 2012 e 2018, antes de disputar a eleição que o levaria ao Congresso Nacional, em Brasília.

“Não dá para contar quantas vezes acionei o gatilho. Mas não tive desvios de conduta, nunca matei ninguém. Não por erro”, disse rindo. E completou, ao ser questionado quantos matou: “Devo ter o quê?! Uns 12, por aí. Mas dentro da legalidade. Em confronto policial. É sempre em confronto. Já fui alvejado também, patrulhando”, declarou à ‘”Piauí”.

G1 e a TV Globo fizeram um levantamento nos registros de ocorrência para entender a atuação profissional do policial militar Daniel Lúcio da Silveira, RG 96.970, formado no Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap) de 2012. A pesquisa desmente seu discurso.

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