Grupo de pessoas entra em hospital no Rio, chuta portas e atira computadores no chão

Um grupo de cinco pessoas da mesma família entrou no Hospital municipal Ronaldo Gazolla, unidade de referência no tratamento da Covid-19 no Rio, e provocou tumulto em alas restritas a médicos e pacientes na tarde desta sexta-feira. De acordo com relatos de profissionais, uma mulher, pertencente ao grupo, muito alterada, teria chutado portas, derrubado computadores e até tentado invadir leitos de pacientes internados.

Alex Telles, médico da unidade e presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sindmed), afirmou que o grupo questionava o fato de a parente deles, uma senhora, que estava bem no dia anterior, ter morrido com suspeita do coronavírus nesta sexta. O médico afirma que aquelas pessoas não deveriam ter sido autorizadas pelo hospital a subir para o andar dos doentes.

– No final da manhã, um grupo de familiares ingressou no hospital, e eles não poderiam subir até o quinto andar, já que os familiares estão sendo atendidos no térreo. É uma área só com pacientes com Covid-19, com risco biológico 3. Eles entraram de maneira muito agressiva, porque uma familiar foi a óbito e eles não aceitavam a situação, diziam que a mãe estava bem ontem (quinta-feira) e perguntavam como ela morreu hoje. Infelizmente, é uma doença que tem um curso muito rápido – disse.

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