Guedes diz que vai zerar IPI para reindustrializar o país

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em um evento da XP Investimento, nesta quarta-feira (03), que o pagamento permanente de R$ 600 do Auxílio Brasil e o reajuste na tabela do imposto de renda dependem da aprovação da reforma tributária, que está parada no Congresso.

“É possível dar um auxílio de 600? Ou fazer reajuste da tabela de Imposto de Renda? A resposta já está na reforma tributária.”, disse o ministro. O Auxílio Brasil, que começa a ser pago no dia nove de agosto, terá um valor de R$ 600 até dezembro deste ano. A partir de janeiro, a princípio, o benefício passaria a ser de R$ 400.

Guedes completou ainda que o governo pretende taxar dividendos de ganhos acima de R$ 500 mil por mês. Segundo o ministro, a ideia é que um teto de ganhos de até meio milhão de reais por mês seja criado. Caso o investidor ultrapasse esse valor, uma taxa de 15% sobre o excesso será cobrada.

Leia mais

Estados pedem a Guedes petição para STF não julgar ICMS do diesel

O Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação nos Estados e do Distrito Federal), tenta atrasar o julgamento no STF da suspensão do convênio entre Estados para a cobrança do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o diesel.

Segundo ofício, ao qual o jornal Valor Econômico teve acesso, o Comitê solicitou ao ministro Paulo Guedes (Economia) que envie uma petição à Corte para não deliberar qualquer extensão cautelar sem a “oitiva” formal do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), órgão presidido pelo chefe da Economia.

Em 13 de maio, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, suspendeu as regras que permitiam a cada Estado cobrar um valor diferente de ICMS sobre o diesel. A decisão atendeu a um pedido da AGU (Advocacia Geral da União), que havia protocolado uma ação na Corte questionando a cobrança desigual do imposto sobre o combustível em cada Estado.

Leia mais