FOTOS: Comboio militar russo de 64 quilômetros é visto perto de Kiev por imagens de satélite

A Rússia está liderando um enorme comboio militar em direção a Kiev nesta terça-feira (1º), levando as autoridades ucranianas a temer uma estratégia para cercar e invadir a capital e outras grandes cidades do país que enfrentam seu sexto dia de invasão.

Imagens de satélite da empresa norte-americana Maxar capturaram uma coluna de mais de 60 quilômetros de veículos e artilharia a cerca de 25 quilômetros a noroeste da capital, objetivo principal dessa ofensiva que provocou uma onda de sanções contra Moscou.

O comboio “se estende dos arredores do aeroporto Antonov (cerca de 25 km do centro de Kiev) no sul, até os arredores de Prybirsk, no norte”, disse a empresa de imagens de satélite norte-americana Maxar na noite de segunda-feira.

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Sanções fazem russos correrem aos bancos; filial europeia do Sberbank pode já ter ‘quebrado’

O sistema financeiro da Rússia já sente os impactos da invasão do país à Ucrânia. Após o abalo sentido com o início do conflito, na semana passada, a crise se intensificou depois que nações ocidentais anunciaram um conjunto de sanções duras no fim de semana, incluindo restrições às reservas monetárias russas.

Veja os principais acontecimentos dos mercados russos nesta segunda-feira:

Nas maiores cidades russas, longas filas têm se formado na porta dos bancos, onde a população busca sacar recursos diante da crise financeira que se forma. As retiradas significativas fragilizam o sistema bancário, que pode ficar sem fluxo de caixa – e correr o risco de quebrar.

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Zelensky recusa resgate pelos EUA: “Preciso de armas, não de carona”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou a oferta do governo dos Estados Unidos para retirá-lo do país. “Preciso de armas, não de carona”, teria dito Zelensky, segundo a Associated Press.

A retirada do presidente ucraniano do país teria como objetivo evitar que ele seja morto por militares russos, em pleno ataque para tomar a cidade desde sexta-feira (25/2).

Zelensky, porém, prefere continuar no cargo por enquanto, apesar do risco de vida. “De acordo com as informações que temos, o inimigo me fez o alvo número um, e minha família, o alvo número dois. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe do Estado”, afirmou o presidente.

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Embaixada do Brasil em Kiev anuncia trem para retirada de brasileiros da Ucrânia

Embaixada do Brasil em Kiev, na Ucrânia, anunciou, na tarde desta sexta-feira (25), que um trem vai partir da capital com destino à cidade de Chernivtsi, no oeste do país, que fica nas proximidades da fronteira com a Romênia. Essa é a primeira opção viabilizada pelo Itamaraty para a retirada de brasileiros do país, que sofre uma invasão de tropas militares da Rússia.

“Caso considerem que a situação de segurança em suas localidades o permita, cidadãos brasileiros e latino-americanos registrados junto à Embaixada poderão dirigir-se à estação. Não é necessário comprar bilhetes. A chefia da estação está avisada do assunto, e buscará atender os cidadãos brasileiros e latino-americanos. Sugere-se que os interessados cheguem com antecedência”, informou o serviço consular brasileiro, em uma publicação no Facebook.

Segundo a embaixada, a situação de segurança e de disponibilidade de transporte em Kiev é instável e sujeita a mudanças repentinas e que, por isso, não é possível garantir a partida ou lugares suficientes. A partida do trem estava prevista para ocorrer por volta das 17h, pelo horário de Brasília (22h no horário local).

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Aos prantos, ucraniano se despede da filha antes de se alistar

Em um pronunciamento com forte apelo dramático feito no momento em que as tropas russas invadiam a Ucrânia nesta quinta-feira (24/2), o presidente do país, Volodymyr Zelensky, convocou “todos os que puderem” a se alistar para lutar ao lado das forças armadas ucranianas.

“Esteja pronto para defender seu país nas praças e cidades”, continou Zelensky. “Nós temos armas defensivas para defender nossa soberania”.

Postos de alistamento, então, foram abertos em várias cidades do país e em Kiev, a capital, longas filas se formam nesta quinta. O jornalista Ali Özkök, que está cobrindo o conflito pela rede turca TRT, registrou um momento emocionante desse processo de alistamento.

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Após invasão russa, jogador potiguar recém-chegado à Ucrânia se prepara para deixar o país: ‘Choque de realidade’

O início da invasão russa à Ucrânia nesta quinta-feira (24) mudou completamente os planos do jogador natalense Edson Fernando, de 23 anos, contratado recentemente pelo time de futebol ucraniano Rukh Lviv. Agora, ele se prepara para deixar o país e seguir para a Polônia.

Edson conversou com o g1 RN enquanto arrumava as malas e disse que ainda não tem certeza se ficará no país vizinho ou se voltará ao Brasil.

“Aqui na cidade onde estou, Lviv, está tranquilo. Ela fica no Oeste do país, na fronteira com a Polônia, e distante de Kiev (capital), onde a situação está mais complicada. São uns 500 quilômetros de lá. Fui ao centro da cidade hoje de manhã e as pessoas estavam andando normalmente na rua, mas o comércio estava fechando”, contou o jogador.

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Exército da Ucrânia está respondendo a ataques russos, diz presidente Volodymyr Zelensky

Os militares da Ucrânia estão respondendo aos ataques da Rússia no sul e no norte do país, e já há perdas entre os russos, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um pronunciamento televisionado nesta quinta-feira (24), após a invasão russa.

Mais cedo, os militares da Ucrânia afirmaram que mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk, destruíram 4 tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e que derrubaram 6 aeronaves russas, também no leste do país, de acordo com a agência Reuters.

Zelensky afirmou que armas já estão sendo distribuídas entre os cidadãos ucranianos, e pediu para que as pessoas que se consideram aptas a “defender a Ucrânia” procurem os centros do exército nas cidades.

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TENSÃO: Rússia afirma que não recuará diante de ameaças de sanções dos EUA

A Rússia não vai recuar diante da ameaça de sanções dos Estados Unidos, motivadas pelas tensões na Ucrânia, afirmou a embaixada russa em Washington horas antes da conversa telefônica prevista para esta terça-feira (1º) entre os chefes da diplomacia das duas potências.

“Não vamos recuar e ficar quietos, ouvindo as ameaças de sanções dos Estados Unidos”, afirmou a embaixada em um texto publicado em sua página do Facebook. “É Washington e não Moscou que gera tensões”.

A nota foi divulgada poucas horas de uma conversa por telefone entre o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, para abordar a situação na Ucrânia.

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