Bolsonaro toma café da manhã com ministro Rogério Marinho, prefeito de Caicó e seu vice

O presidente Jair Bolsonaro dormiu em solo potiguar. Após pernoitar no 1º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) de Caicó, o executivo federal tomou café com o seu “fiel escudeiro”, ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, além do prefeito do município Dr. Tadeu.

Impressionado com a força que o executivo federal apresentou no município, o prefeito chegou até a dizer que nunca viu uma manifestação política parecida com o que foi a recepção e as aparições do presidente na cidade.

A visita do presidente a Caicó se encerra nesta quarta-feira (9). Antes de ir, Bolsonaro deve fazer uma cavalgada pela cidade e cumprimentar apoiadores.

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Frederick Wassef diz que escondeu Queiroz para ‘proteger’ Bolsonaro

Desde a prisão do policial aposentado Fabrício Queiroz, no último dia 18, o advogado Frederick Wassef perdeu o sono. Dono da casa em Atibaia onde o amigo de Jair Bolsonaro e faz-tudo do senador Flávio Bolsonaro foi detido, Wassef passa as noites em claro, trocando mensagens de texto por meio de dois aparelhos celulares dos quais não desgruda por nada. Durante o dia, alterna lampejos de euforia com mergulhos em momentos de depressão, nos quais sua verborragia incontida dá lugar a rápidas pausas — dramáticas, quase cênicas — para respiração. “Entrei em modo guerra. Quando isso acontece, viro o diabo”, disse ao receber VEJA na quarta-feira 24.

Hoje, a guerra dele parece perdida. Ao dar guarida a Queiroz, suspeito de ser laranja da família Bolsonaro, Wassef se viu obrigado a deixar a defesa formal de Flávio Bolsonaro no caso que apura um esquema de rachadinha no antigo gabinete do Zero Um na Assembleia Legislativa do Rio. Viu-se obrigado também a parar de declarar aos quatro cantos que é advogado de Jair Bolsonaro. Agora, quando perguntado sobre o assunto, silencia. A perda dessas credenciais, que lhe garantiam acesso aos palácios e prestígio, foi acompanhada de uma agravante: o risco de ser alcançado por uma medida judicial por tentar coagir ou controlar testemunhas.

A pessoas próximas, Wassef disse que se preparou para receber a visita da polícia. Curiosamente, enquanto essa preocupação o atormentava, chegou a se refugiar num hotel em São Paulo, para, conforme contou a amigos, fugir do assédio da imprensa. Mesmo com toda a exposição decorrente da prisão de Queiroz, o advogado alega que não fez nada de ilegal. Para ele, seu gesto deveria ser objeto de elogio, não de reprimenda. Sua tese é a seguinte: ao providenciar um esconderijo ao ex-policial, ele impediu que Queiroz, que estaria jurado de morte por “forças ocultas”, fosse assassinado. Além de salvar uma vida, evitou que a eventual morte fosse debitada na conta da família Bolsonaro, como uma ação de queima de arquivo. “O MP e a Justiça do Rio deveriam me agradecer por proteger uma testemunha importante.”

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Bolsonaro sobre socorro a estados: ‘não vai ter outra oportunidade’

Jair Bolsonaro afirmou que o plano de socorro a estados e municípios que deve ser sancionado na quarta (27) será “uma injeção de R$ 60 bilhões de reais” em meio à pandemia do novo coronavírus.

“Mas acho que os prefeitos e governadores já sabem que não vai ter outra oportunidade. Nós não podemos continuar socorrendo estados e municípios que devem, no meu entender, de forma racional, começar a abrir o mercado”, acrescentou o presidente.

O Antagonista

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Urgente: A bomba atômica de Moro

Sergio Moro “tinha bala na agulha”, diz Eliane Cantanhêde.

“Ou melhor, uma bomba atômica. Ao comunicar sua demissão do Ministério da Justiça, Moro falou da investida política de Bolsonaro na PF e, na mesma noite, expôs a troca de mensagens em que o presidente reclama das investigações contra dez ou doze deputados do PSL e diz: “mais um motivo para a troca (na PF)”.

O golpe mais certeiro, porém, Moro reservou para o depoimento à PGR e à PF, tratado erroneamente como tiro n’água por bolsonaristas. Na realidade, ele foi estratégico e avassalador. Enquanto frisava que jamais acusara Bolsonaro de crime (medida preventiva contra denunciação caluniosa), Moro deu, sem histrionismo e adjetivos, como quem não quer nada, todos os passos para as investigações. E dissimulou a bala de prata: a reunião de 22 de abril”.

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Sergio Moro pede ao STF para divulgar depoimento completo contra Bolsonaro

A defesa do ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) pediu hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) a divulgação completa do depoimento dado pelo ex-juiz da Lava Jato à Polícia Federal no último sábado (2) em Curitiba. A decisão cabe ao ministro Celso de Mello, relator do caso no Supremo.

A petição assinada pelo advogado Rodrigo Sánchez diz que “considerando que a imprensa, no exercício do seu legítimo e democrático papel de informar a sociedade, vem divulgando trechos isolados do depoimento prestado pelo Requerente em data de 02 de maio de 2020, esta Defesa, com intuito de evitar interpretações dissociadas de todo o contexto das declarações e garantindo o direito constitucional de informação integral dos fatos relevantes – todos eles de interesse público – objeto do presente Inquérito, não se opõe à publicidade dos atos praticados nestes autos, inclusive no tocante ao teor integral do depoimento prestado pelo Requerente”.

UOL

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Sergio Moro afirma que apresentará ao STF provas contra Bolsonaro

Em entrevista exclusiva a VEJA, Moro revelou que não vai admitir ser chamado de mentiroso e que apresentará à Justiça, assim que for instado a fazê-lo, as provas que mostram que o presidente tentou, sim, interferir indevidamente na Polícia Federal. Um pouco abatido, o ex-ministro também se disse desconfortável no papel que o destino lhe reservou: “Nunca foi minha intenção ser algoz do presidente”. Desde que deixou o ministério, ele passou a ser hostilizado brutalmente pelas redes bolsonaristas. “Traidor” foi o adjetivo mais brando que recebeu. Mas o fato é que Bolsonaro nunca confiou em Moro. Sempre viu nele um potencial adversário, alguém que no futuro poderia ameaçar seu projeto de poder. Na entrevista, o ex-ministro, no entanto, garante que a política não está em seus planos — ao menos por enquanto. Na quarta-feira 29, durante a conversa com VEJA, Moro recebeu um alerta de mensagem no telefone. Ele colocou os óculos, leu e franziu a testa. “O que foi, ministro?” “O presidente da República anunciou que vai divulgar um ‘vídeo-bomba’ contra mim.” “E o que o senhor acha que é?”, perguntamos. Moro respirou fundo, ameaçou falar alguma coisa, mas se conteve. A guerra está só começando. Acompanhe nas próximas páginas os principais trechos desta conversa.

“Sinais de que o combate à corrupção não é prioridade do governo foram surgindo no decorrer da gestão. Começou com a transferência do Coaf para o Ministério da Economia. O governo não se movimentou para impedir a mudança. Depois, veio o projeto anticrime. O Ministério da Justiça trabalhou muito para que essa lei fosse aprovada, mas ela sofreu algumas modificações no Congresso que impactavam a capacidade das instituições de enfrentar a corrupção. Recordo que praticamente implorei ao presidente que vetasse a figura do juiz de garantias, mas não fui atendido. É bom ressaltar que o Executivo nunca negociou cargos em troca de apoio, porém mais recentemente observei uma aproximação do governo com alguns políticos com histórico não tão positivo. E, por último, teve esse episódio da demissão do diretor da Polícia Federal sem o meu conhecimento. Foi a gota d’água”.

Veja

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Investigação sobre Adélio foi imparcial, diz ex-superintendente da PF em Minas

O delegado Rodrigo Teixeira, ex-superintendente da PF em Minas Gerais, avalia que foi exonerado do cargo, em fevereiro de 2019, por contrariar o desejo de Jair Bolsonaro e seus filhos ao conduzir a investigação sobre a tentativa de assassinato do então candidato, relata o Estadão.

Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira em Juiz de Fora, em setembro de 2019, e as investigações da PF indicam que Adélio agiu sozinho –diagnosticado com transtorno delirante persistente, o esfaqueador está hoje num hospital psiquiátrico de Barbacena (MG).

Segundo Teixeira, a família demonstrava interesse de que a apuração chegasse à conclusão de que Adélio tinha sido financiado por partidos políticos ou uma organização criminosa.

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Bolsonaro pediu a Moro que interferisse em inquérito que envolve Carlos

Sergio Moro não mencionou em vão, em seu discurso de despedida, o incômodo do presidente Jair Bolsonaro com inquéritos específicos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Interlocutores do ex-juiz da Lava-Jato informaram a VEJA que a gota d’água para o pedido de demissão de Moro foi o fato de Bolsonaro exigir que a Polícia Federal e o ministro da Justiça dessem um jeito de segurar uma investigação que aponta para a participação do vereador Carlos Bolsonaro em um esquema de ataques virtuais a autoridades e propagação de fake news.

Nos últimos dias, Bolsonaro recebeu informações de que o inquérito sigiloso que apura fake news e ofensas contra autoridades, tocado pelo ministro Alexandre de Moraes no STF, obteve indícios contundentes do envolvimento do vereador Carlos, o filho Zero Dois e apontado como criador do chamado gabinete do ódio — um grupo que usaria as dependências do Palácio do Planalto para promover campanhas virtuais contra adversários do governo. Mais que isso: os investigadores colheram elementos sugerindo que essas são financiadas por empresários ligados ao presidente.

“A água está subindo”, disse o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, para Moro, se referindo ao inquérito, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, mas que tem na linha de frente um delegado da Polícia Federal, responsável pela parte operacional como levantamento de dados, quebra de sigilos telemáticos e bancários.

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Bolsonaro: “O Davi é meu chapa”

Jair Bolsonaro disse neste sábado que a MP do Contrato Verde e Amarelo deve ser votada pelo Senado na segunda-feira.

Questionado se havia feito um acordo com Davi Alcolumbre para viabilizar a votação da MP, Bolsonaro respondeu que não tem nada contra o Senado.

“O Davi é meu chapa”, afirmou o presidente depois de descer a rampa do Palácio do Planalto e cumprimentar apoiadores sem máscara.

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