Testemunha volta atrás e diz que forjou prova de fraude nas eleições

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Richard Hopkins, que trabalha para o Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS), voltou atrás em seu depoimento e afirmou ter forjado a evidência que provaria que houve fraude na contagem de votos em Erie, Pansilvânia, estado onde o democrata Joe Biden conquistou os delegados necessários para ganhar do presidente Donald Trump.

Na terça-feira 10, o jornal americano The Washington Post, com base em entrevistas com três investigadores, afirmou que Hopkins admitiu ter falsificado a prova. Nesta quarta-feira, 11, os democratas do Comitê de Supervisão da Câmara confirmaram a história relatada pelo Post.

“Hoje os investigadores informaram os funcionários do comitê que entrevistaram Hopkins na sexta-feira, mas disseram que ele voltou atrás ontem em suas alegações e que não explicou o porquê de ter assinado um depoimento falso”, informou a comissão.

A primeira versão de Hopkins dizia que um supervisor da USPS mandou os funcionários de sua equipe adulterarem algumas cédulas, alterando o seu horário de chegada para tornar-las válidas apesar do atraso em que foram postadas. Nos EUA, o voto pelo correio é totalmente legalizado, mas sujeito às regras de cada estado. Na Pensilvânia, por exemplo, apenas as cédulas postadas até o dia 3 de novembro deveriam ser consideradas.

Sem apresentar qualquer prova, Trump alega que os votos que chegam atrasados ou que são enviados no dia do pleito são ilegais e fraudulentos, uma vez que poderiam favorecer o presidente eleito Joe Biden.

Quando Hopkins tornou a denúncia publica, o senador republicano pela Carolina do Sul, aliado de Trump e líder do Comitê Judiciário do Senado, Lindsay Graham, pediu por uma investigação federal. Na terça-feira 10, o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, autorizou investigações contra fraudes nas eleições. O anúncio causou a renúncia de Richard Pilger, a principal autoridade do Departamento de Justiça para investigar irregularidades no processo eleitoral.

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