Crivella tem mandato de deputado federal cassado pela Justiça Eleitoral, é multado e fica inelegível

A Justiça Eleitoral determinou a cassação de mandato do deputado federal Marcelo Crivella e o tornou inelegível por oito anos, a contar das eleições municipais de 2020.

Ele é acusado de falsidade ideológica eleitoral e abuso de poder de autoridade no caso do ‘QG da Propina’ na prefeitura do Rio de Janeiro. O parlamentar também foi condenado a pagar uma multa de R$ 433 mil.

A decisão é da juíza Márcia Capanema, da 23ª Zona Eleitoral.

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Investigação mostra que Crivella comanda organização criminosa, diz desembargadora

A Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento do prefeito Marcelo Crivella das funções públicas. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (22), em uma ação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). No documento, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita determina que o prefeito se abstenha de realizar qualquer ato inerente ao exercício do cargo de prefeito.

No despacho da prisão, a desembargadora diz que Crivella era o chefe de uma organização criminosa que atuava dentro da prefeitura e enfatizou que, embora restem poucos dias para terminar o mandato, sua manutenção no cargo até lá implicaria em riscos à ordem pública.

Além dele, foram presos também o empresário Rafael Alves, o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, além dos empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos, da área de seguros.

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Crivella é preso suspeito de corrupção a 9 dias do fim do mandato


O Prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos) foi preso na manhã desta terça-feira (22)
 em uma ação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Além dele, foram presos também o empresário Rafael Alves, o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, além dos empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos, da área de seguros.

O ex-senador Eduardo Lopes também é alvo da operação. No entanto, ele não foi encontrado em sua casa no Rio. Ele teria se mudado para Belém e deverá se apresentar à polícia. Ele foi senador do Rio pelo Republicanos, ao herdar o cargo de Crivella, e foi secretário de Pecuária, Pesca e Abastecimento do governador afastado Wilson Witzel.

Todos os presos vão passar por uma audiência de custódia às 15h, no Tribunal de Justiça, para que a legalidade do procedimento seja avaliada, conforme determinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

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Delator diz que Crivella usou esquema para conseguir apoio de Romário

Em delação ao MP do Rio de Janeiro, o empresário Roberto de Souza Cruz, sócio da Compillar Entretenimento Prestadora de Serviço, afirmou que um esquema de arrecadação ilegal de recursos para a campanha de Marcelo Crivella, em 2016, foi usado para convencer o senador Romário a apoiá-lo no primeiro turno da eleição, publica O Globo.

Cruz relata ter sido procurado naquele ano por um outro empresário do setor de iluminação. O objetivo da reunião seria marcar um encontro com o tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, que buscava arrecadar R$ 1,5 milhão com empresas interessadas em contratos futuros com a RioLuz.

Depois de manifestar interesse em fazer parte do esquema, Cruz teria se encontrado então com Crivella em um estacionamento da Igreja Universal em São Gonçalo. O então candidato teria agradecido o empresário pelo apoio.

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