China “ganha” da NASA em sua primeira missão em Marte; entenda

No ano passado, a China lançou a Tianwen-1 com destino a Marte, a primeira missão interplanetária do país. Já em maio deste ano, a nação asiática conseguiu pousar o rover Zhurong em Utopia Planitia, uma grande bacia de impacto no Planeta Vermelho. Estes feitos são bastante impressionantes por si só, mas podem ficar ainda mais surpreendentes: com tudo isso, a China se tornou o primeiro país a realizar uma operação de órbita, pouso e deslocamento de um rover logo na primeira tentativa.

Cumprir tantos objetivos em uma primeira missão — ainda mais uma com destino a um planeta cujos pousos têm taxa de sucesso de apenas 50% — não é nada fácil. Roberto Orosei, cientista planetário, afirmou em entrevista que “a China está fazendo, de uma só vez, o que a NASA levou décadas para conseguir”. A fala de Orosei não é sem fundamento: a sonda Mariner 9, da NASA, foi o primeiro satélite artificial a alcançar a órbita de outro planeta, em 1971. Depois, os rovers Spirit e Opportunity chegaram ao Planeta Vermelho somente em 2004, e ficaram ativos por longos períodos.

Com o sucesso do pouso, o rover Zhurong ainda tem alguns meses de exploração pela frente. Ao longo dos três meses de sua missão, o veículo investigará a topografia e estrutura geológica de Marte, a estrutura do solo, a presença de água de gelo, características físicas da atmosfera e da superfície, entre outros objetivos. Com isso, será possível complementar os dados já obtidos por outras missões, produzindo um retrato geológico mais completo do nosso planeta vizinho. O Zhurong tem também um magnetômetro, que ajudará os cientistas a entender por que Marte perdeu tanto de sua atmosfera.

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Cientista teria previsto em 1953 que alguém chamado “Elon” levaria humanos a Marte

Elon Musk, CEO e cofundador da SpaceX, anunciou em outubro do ano passado que sua empresa de exploração espacial esperava enviar uma espaçonave tripulada a Marte em 2024. O “Planeta Vermelho” faz parte dos sonhos de Musk há muito tempo, já que o próprio empreendedor argumentou que a única salvação para a vida na Terra está na colonização do espaço. Na ocasião, ele chegou a dizer que gostaria de ser enterrado em Marte.

Porém, o que ganhou destaque na revista Entrepreneur e gerou conversa nas redes sociais foi a curiosa história de que o cientista alemão Wernher Von Braun possa ter “previsto” que uma pessoa chamada “Elon” seria a responsável por levar humanos a Marte pela primeira vez. A “profecia” foi publicada no livro “Mars Project”, escrito pelo alemão em 1953.

Speaking about destiny, did you know that Von Braun's 1953 book "Mars Project," referenced a person named Elon that would bring humans to Mars? Pretty nuts pic.twitter.com/m28yFU4Ip6

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Perseverance produz oxigênio em Marte pela primeira vez

Nasa anunciou nesta quarta-feira (21) que o robô Perseverance conseguiu pela primeira vez extrair oxigênio da atmosfera de Marte usando um instrumento chamado Moxie.

Embora a produção inicial seja modesta, o feito abre as portas para que missões futuras sejam capazes de produzir localmente o oxigênio necessário tanto para sustentar a vida de astronautas quanto para alimentar foguetes usados para o retorno à Terra.

Assim como o helicóptero Ingenuity, o Moxie (sigla para “Mars Oxygen In-Situ Resource Utilization Experiment”, algo como “Experimento para utilização de recursos locais de oxigênio em Marte”) é uma “investigação tecnológica”, patrocinada pela Space Technology Mission Directorate (STMD, Diretoria de Missões para Tecnologias Espaciais) e Human Exploration and Operations Mission Directorate (HEOMD, Diretoria de Missões para Exploração Humana e Operações).

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Voo histórico: helicóptero Ingenuity começa a ser desembarcado em Marte

O “desembarque” do helicóptero Ingenuity, que foi levado até a superfície de Marte a bordo do rover Perseverance, começou no fim de semana.

O processo é longo e cuidadoso, e começou com a liberação de uma trava que mantinha o aparelho preso embaixo do rover. O desembarque total deve levar seis dias.

Tudo isso é parte dos preparativos para o primeiro voo de uma aeronave na superfície de outro planeta.

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